sábado, 14 de novembro de 2009

Volume em uma obra


Leonardo da Vinci sempre nos despertou muita admiração. Assim como Fra Angélico fazia parte de uma época em que o ser humano foi mais valorizado em sua inteligência e idéias, época de valorização da arte e da natureza, volta à herança greco-romana. Ao analisar e pesquisar a obra “A Última ceia”, descobri que ela possui simetria e uma composição equilibrada. O volume ultrapassa o plano bidimensional. As linhas diagonais deixam clara a existência de um plano tridimensional onde observamos a profundidade. Além das linhas verticais, horizontais e diagonais,ao contrário de Fra Angélico, Da Vinci utilizava mais cores em sua obra, acentuando ainda mais as entradas de luz e as projeções de sombra. Gabriel Oliveira, em seu blog Discipule della esperienza, diz: “se traçarmos duas diagonais, teremos como ponto de intersecção a fronte de Cristo, centro e ponto de fuga da composição, para onde todo o movimento converge”. Da Vinci consegue mostrar as diferentes expressões faciais e movimento dos apóstolos mediante a notícia de que um deles o trairia. E ao fundo, paisagens vistas pela janela, reforçando ainda mais a noção de profundidade. De acordo com esta análise, concluo que está obra é um bom exemplo de volume, pois sua composição artística e inclusive arquitetônica evidencia em suas linhas e cores, as características de volume um uma obra.

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